1) Alegações da Coreia do Norte: A Coreia do Norte afirma que os seus satélites de reconhecimento recentemente lançados são capazes de observar a Casa Branca dos Estados Unidos, o Pentágono, a costa nordeste dos Estados Unidos e as bases aéreas de Guam, bem como alvos militares na Coreia do Sul e na cidade portuária de Pusan. A Coreia do Norte também mencionou um alvo mais distante - Roma.
2) Ceticismo da comunidade internacional: Apesar da ampla propaganda da RPDC, a comunidade internacional está cética quanto à verdadeira função e eficácia do satélite. Não existem provas independentes que confirmem que o satélite está a transmitir imagens à RPDC.
3) Historial e motivos da RPDC: A RPDC tem um historial de falsificação de imagens e de exagero das suas capacidades militares. Desta vez, a RPDC não divulgou quaisquer supostas imagens de satélite, possivelmente para ocultar as suas reais capacidades de observação. Os especialistas acreditam que, mesmo que os satélites estejam a funcionar, a qualidade das suas imagens é provavelmente fraca.
4) Valor estratégico e simbólico: Mesmo que a capacidade efectiva de reconhecimento do satélite seja limitada, este continua a ter um significado estratégico para a RPDC e pode ser utilizado para identificar alvos para ataques nucleares. Além disso, a posse de satélites é um objetivo político a longo prazo da RPDC para demonstrar os seus progressos tecnológicos e contrariar a vigilância ocidental.
5) Propaganda interna: A RPDC pode fazer tais declarações mais para fins de propaganda interna, a fim de mostrar o seu avanço tecnológico e a sua posição dura em relação ao mundo exterior. Essa propaganda pode ser dirigida a um público interno, uma vez que a população civil da RPDC não tem acesso à Internet e desconhece a tecnologia e os recursos externos.
De um modo geral, a história revela os últimos desenvolvimentos da tecnologia de satélites da Coreia do Norte e da posição política internacional, reflectindo simultaneamente o ceticismo da comunidade internacional em relação às pretensões da Coreia do Norte. [Ler mais]